Muita gente ainda tem dúvida sobre as diferenças entre as hemorroidas e fissuras anais. Por terem causas e sintomas bem parecidos, é comum que algumas pessoas ainda não saibam quais são as diferenças entre os dois problemas.
Em comum, elas têm o seguinte: são duas patologias benignas, que não se tornam câncer e que geram grande desconforto e incômodo na região anal. Mas, mais importante do que saber as semelhanças, é saber as diferenças entre hemorroidas e fissuras anais.
As hemorroidas são dilatações dos vasos sanguíneos do canal anal que podem provocar sintomas como abaulamento ou nódulo anal, dor, sangramento nas fezes e coceira anal.
Há algumas causas para o aparecimento das hemorroidas. Veja abaixo as principais:
Depois de identificadas, elas são classificadas em quatro graus:
Grau I – quando não tem prolapso (ou seja, saída da hemorroida), ela existe apenas internamente, causando sangramento;
Grau II – há prolapso com a evacuação, mas que volta espontaneamente para dentro do ânus;
Grau III – há prolapso com a evacuação e ele necessita ser empurrado de volta para dentro do ânus;
Grau IV – prolapso permanente, sem possibilidade de colocação para dentro do canal anal.
Na maioria das vezes, não é necessário intervenção cirúrgica para o problema. Os sintomas podem ser controlados com cuidados específicos e remédios que trazem alívio e conforto para o paciente.
Entre os cuidados, estão os banhos de assento com água morna e até mesmo chás anti-inflamatórios, pomadas com anestésico local e sabonetes com substâncias que suavizam o problema.
No caso de hemorroidas trombosadas, que parecem nódulos endurecidos exteriorizados para fora do ânus, o banho de assento com água bem morna pode auxiliar no alívio temporário dos sintomas, além de pomadas específicas, analgésicos e anti-inflamatórios.
Em casos de maior gravidade, pode ser necessário realizar um procedimento cirúrgico de urgência que é chamado de trombectomia para remover os trombos (coágulos) que ficam dentro dos vasos das hemorroidas.
O tratamento cirúrgico é indicado quando os tratamentos clínicos com medicamentos não são eficazes para controlar os sintomas das hemorroidas.
É muito importante lembrar que após o tratamento cirúrgico, o paciente deverá manter a mudança dos hábitos alimentares e evacuatórios de higiene anal para não haver recorrência das hemorroidas.
https://drfernandobray.com.br/2020/07/06/diferenca-entre-hemorroida-e-fissura/
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A fissura anal é uma ferida ou laceração na entrada do ânus. Ela se inicia na borda externa do ânus, se estendendo até a região interna do canal anal.
A localização mais comum é na margem posterior do canal anal na direção do cóccix, justamente por ser a região com menor suprimento sanguíneo do ânus, sendo assim a área com pior cicatrização após um atrito mais forte ou machucado no local.
A maioria das fissuras anais ocorrem quando a área sofre algum trauma local, criando uma laceração ou ferida que não consegue ser cicatrizadas. Esses traumas podem ser causados por:
Quando a causa do atrito local não é resolvida, a fissura costuma não cicatrizar. Também há casos de pessoas que têm força muito intensa do tônus do esfíncter anal (músculos que envolvem o ânus), o que cronicamente dificulta a passagem de sangue dos vasos sanguíneos para o interior dos tecidos do canal, prejudicando a cicatrização da área ferida ou machucada.
O principal sintoma da fissura anal é uma dor intensa, como se estivesse cortando o ânus durante a evacuação. Essa dor muitas vezes pode ser incapacitante, podendo persistir por minutos ou horas, inclusive com sensação de estar latejando. Além da dor, é comum a presença de sangue vermelho vivo nas evacuações na maioria das vezes.
Além da identificação da causa da fissura anal, ela pode ser resolvida com as seguintes medidas:
Também é recomendado banho de assento morno pelo menos 2 vezes ao dia. Isso pode auxiliar o mecanismo de vasodilatação criado pelo calor local, que ajuda a melhorar o suprimento sanguíneo e assim a cicatrização local.
Caso os tratamentos descritos não surtam efeito, o tratamento cirúrgico se faz necessário.
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Apesar de serem problemas diferentes, as hemorroidas e as fissuras anais podem ser prevenidas com medidas semelhantes.
A principal delas é cuidar da alimentação. É importante dar preferência aos alimentos ricos em fibras, como frutas, verduras, grãos integrais, aveia, iogurte, nozes e castanhas. Beber muita água e outros líquidos ainda ajuda a amolecer as fezes e facilitam a evacuação.
Ao mesmo tempo, deve-se evitar substâncias que pioram o problema, como pimenta e álcool. Vale destacar, porém, que nenhuma das substâncias causam hemorroidas ou fissuras anais, apesar de agravar o problema quando ele já existe.
A higienização do ânus também deve ser observada. É comum que as pessoas se limpem com papel higiênico após a evacuação, mas isso deve ser evitado. O mais indicado é higienizar a região com água morna, para evitar o atrito do papel com a pele.
Ainda sobre a evacuação, também é indicado evitar passar muito tempo sentado no vaso, uma vez que aumenta a pressão sobre as veias do ânus e pode agravar o problema. É importante, ainda, tentar não segurar as fezes ao sentir vontade de evacuar: isso pode fazer com que elas fiquem duras e ressecadas, lesionado o ânus ao sair.
Além de hemorroidas e fissuras anais, outro problema comum na região anal são os plicomas, que muitas vezes são confundidos com os outros dois – mas, na verdade, o plicoma pode ser uma consequência da hemorroida. No entanto, causam menos complicações.
O plicoma anal é uma saliência de pele que está normalmente localizada na parte de fora do ânus. Geralmente não causa dor nem tem sintomas associados e são percebidos durante a higienização do ânus ou ato sexual. Eles são mais comuns em mulheres e pessoas acima do peso.
No entanto, em alguns casos, a imperfeição pode causar coceira e contribuir para o acúmulo de resíduos de fezes. Quando isso acontece, é mais fácil e comum o surgimento de inflamação local e desconforto.
Não existe uma causa específica para a aparição de plicomas, mas eles geralmente surgem por inflamações crônicas no ânus. O processo inflamatório faz com que a região inche e, ao desinchar, a pele não volta ao normal, gerando, assim, o excesso de pele.
A inflamação pode ser causada por um dos seguintes fatores:
Os plicomas anais ainda podem surgir nas seguintes situações:
O único sintoma do plicoma anal é o surgimento do excesso de pele na região do ânus. O plicoma, em si, não costuma causar dor, apenas um incômodo, e pode ser corrigido com o procedimento de retirada do excesso de pele que se chama plicomectomia, uma tipo de plástica anal.
O diagnóstico deve ser feito por meio de um exame da região perianal. O médico encontra o plicoma quando detecta lesões tipo saliências da cor da pele ao redor do ânus, o que pode ser descrito por leigos como uma “pele solta no ânus”.