A alimentação anti-inflamatória é focada em evitar o consumo de produtos e alimentos que pioram a inflamação gastrointestinal. Nessa linha de tratamento nutricional a restrição de gorduras saturadas, açúcares refinados, ultraprocessados, excesso de sal, conservantes e corantes é fundamental. Além disso, é importante a priorização do consumo de alimentos naturais ricos em antioxidantes.
Os antioxidantes são substâncias que conseguem atrasar ou inibir a oxidação das células e do material genético do nosso organismo. A ação antioxidante promovida pelos nutrientes e vitaminas consumidos nos alimentos protegem o organismo da produção de radicais livres que atuam na oxidação celular, ou seja, ajudam a desinflamar e retardar o envelhecimento das células.
A produção de radicais livres é um processo natural e esperado quando convertemos alimentos em energia, realizamos atividades físicas e também por fatores comportamentais e ambientais. Porém, quando em excesso, esses radicais livres se acumulam e “inflamam” o corpo.
Podemos citar como fatores que contribuem para o aumento dos radicais livres: resíduos de agrotóxico nos alimentos, cigarro, álcool, estresse, sedentarismo e sono inadequado.
O acúmulo de radicais livres no organismo está relacionado ao surgimento de doenças autoimunes, doenças cardiovasculares e até alguns tipos de câncer.
Assim, percebemos que o acúmulo de radicais livres e, consequentemente, a inflamação do organismo pode ser mitigada com mudanças de hábitos de vida, atividade física e uma alimentação saudável e equilibrada.
Os alimentos antioxidantes podem trazer inúmeros benefícios para saúde como melhorar sistema imunológico, retardar o envelhecimento e prevenir o surgimento de doenças.
Para os pacientes que estão se preparando para uma cirurgia, a dieta anti-inflamatória antes do procedimento cirúrgico e no período pós-operatório auxilia o organismo a se preparar e se recuperar do que chamamos de resposta endócrino-metabólica ao trauma cirúrgico, que nada mais é do que a liberação de hormônios e interleucinas geradas pela agressão causada pela cirurgia e a grande quantidade de radicais livres.
Quando o paciente se empenha e se prepara para esse momento, o organismo estará apto a responder adequadamente ao trauma e partirá para regeneração e cicatrização dos órgãos e feridas operatórias de forma muito mais qualificada.
Em muitos casos, especialmente quando se trata de doenças que conhecidamente apresentam muita inflamação como doença inflamatória intestinal, endometriose e canceres, indicamos uma abordagem multiprofissional com acompanhamento nutricional já no período pré-operatório otimizando resultado cirúrgico e terapêutico.
